Maria Augusta de Oliveira Borges |
Filha de Francisco de Assis de Oliveira Borges, Visconde de Guaratinguetá, e de sua segunda esposa, Amélia Augusta Cazal, Maria Augusta teve uma infância privilegiada e requintado estudo na sua casa, cujas terras ultrapassavam os limites da atual Rua São Francisco. Sua beleza encantava os ilustres visitantes que passavam pelo Vale do Paraíba.
Visconde de Guaratinguetá |
Naquela época, a política dos casamentos não levava em conta os sentimentos dos jovens. Uma nítida conotação de transação simplesmente econômica ou meramente política, teria levado o Visconde de Guaratinguetá a unir no dia 1 de Abril de 1879 sua filha Maria Augusta, com apenas quatorze anos de idade, com um ilustre conselheiro do Império, Dr. Francisco Antônio Dutra Rodrigues, vinte e um anos mais velho que a bela jovem.
Como era previsível, surgiram divergências entre Maria Augusta e o Dr. Dutra Rodrigues, dada sua juventude. Maria Augusta deixa a companhia do marido em São Paulo e foge para Europa na companhia de um titular do Império e alto ministro das finanças do reino. Passando a residir em Paris na Rua Alphones de Neuville, Maria Augusta assume definitivamente a alta sociedade parisiense abrilhantando bailes com sua beleza, elegância e juventude.
Maria Augusta prolonga sua estada na França até que no dia 22 de Abril de 1891, com apenas 26 anos de idade, vem a falecer. Para alguns, devido a Pneumonia, para outros, a causa foi a Hidrofobia. Seu atestado de óbito desapareceu com os primeiros livros do cemitério dos Passos de Guaratinguetá, levando consigo a verdade sobre a morte de Maria Augusta.
O corpo embalsamado, recoberto de todas as joias que possuía foi levado para Guaratinguetá. Na viagem de trem algumas das joias foram roubadas.
Viscondessa de Guaratinguetá |
A viscondessa de Guaratinguetá, já viúva, mandou colocar o corpo da filha no centro do imenso salão de visitas do sobrado da chácara, lá sendo velado durante semanas, até que o seu túmulo fosse construído.
Os descendentes do Visconde contam que certo dia Maria Augusta havia aparecido em sonho para mãe implorando que seu corpo fosse sepultado. Impressionada com o sonho atendeu o pedido da filha.
Após a morte da viscondessa o sobrado onde morava foi transformado em escola. Em 1914 o prédio foi consumido por um incêndio e muitos julgaram ter visto uma mulher com roupas brancas atravessar a ponte do Ribeirão dos Motas
É também comum as torneiras dos banheiros e corredores amanhecerem abertas, segundo narrativas de funcionários e alunos da escola, as principais características da presença de Maria Augusta são: um leve farfalhar de tafetá e um delicado aroma de perfume francês.
Esses e outros fenômenos atribuídos a Maria Augusta continuam presentes na história da tradicional escola Conselheiro Rodrigues Alves, há cem anos atrás, do mais longo e luxuoso velório que se tem notícia na cidade de Guaratinguetá.
Escola Estadual - Conselheiro Rodrigues Alves |
Não entro ai sozinha de jeito nenhum
ResponderExcluirHahahaha Estoria boa!
ResponderExcluirAdorei ler essas notícias!
ResponderExcluirEu sempre tive curiosidades sobre essa história.